A IDENTIDADE ESPIRITUAL DO JOVEM CRENTE - Pr. Reinaldo Ribeiro
Meus
amados jovens, vamos conversar um pouco sobre a nossa identidade neste mundo
como filhos de Deus. Jovem cristão e jovem mundano – existe alguma diferença?
Há muitos conceitos divergentes do que é ser cristão hoje em dia. Mas, à luz da
Bíblia, o cristão é alguém que tem uma identidade definida. Ele é um seguidor
de Cristo, “forasteiro” neste mundo e servo de Deus que vive uma vida de
santidade.
Estamos
em uma época em que se prega que riquezas são um fator determinante do que é
ser cristão genuíno. Falo da herética Teologia da Prosperidade. Porém, como
forasteiro, a atitude adotada pelo cristão na utilização dos meios disponíveis
deve ser de total desapego. Ele mostra com isso a compreensão de que os seus
bens espirituais conquistados são mais valiosos, importantes e eternos que os
materiais, justamente por serem espirituais. As conquistas, o bem-estar e os
modismos que surgem no dia-a-dia não devem representar um fim em si mesmos.
Devemos priorizar simplesmente os meios que nos proporcionem melhor comunhão
com Deus e a oportunidade de testemunhar a nossa vida de desapego ao mundo e de
valorização dos bens espirituais.
A
segunda evidência fica por conta da relação estabelecida com o Senhor. A vida
de comunhão com Deus faz com que o jovem cristão se submeta voluntária e
prazerosamente aos padrões divinos somente para se posicionar como servo,
comprometendo a sua liberdade, subordinando-a à vontade de Deus. Tudo isso é
respaldado na recomendação feita pelo apóstolo Paulo em Gálatas 5.13: “Porque
vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis, então, da liberdade para
dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor”.
A
liberdade que desfruta o cristão é para cima, é vertical e espiritual,
espelhada na comunhão e liberdade de estar em Cristo e com Deus. Tiago
recomenda que “aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e
nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal
será bem-aventurado no seu feito” (Tg 1.25).
E
nada disso é forçado ou artificial. O comportamento do jovem servo de Deus deve
ser visto e avaliado pelos homens, mas isso não se constitui no objetivo final,
como forma de reconhecimento ou visando alcançar recompensa, pois tudo é feito
de coração, aceitando e cumprindo a vontade de Deus. É o que o apóstolo Paulo
recomendou aos crentes em Éfeso: “Não servindo à vista, corno para agradar aos
homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus “, Ef
6.6. Devemos servir ao Senhor de forma voluntária, sabendo que Ele é fiel e
sabe recompensar aos que lhe agradam com suas atitudes e serviços, crendo na
promessa contida em Colossenses 3.24: “Sabendo que recebereis do Senhor o
galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis”.
Outro
conceito errado que vemos hoje é o do jovem cristão sendo conivente com o
mundanismo. Vemos a transformação por que passa o mundo, perdendo o padrão de
moralidade, e muitos de nossos jovens, infelizmente, estão sendo tolerantes ao
aceitar as imposições de quem está distante de Deus, aceitando como natural a
sua forma de viver e pensar. Somos dirigidos pelo Senhor, ainda que continuamos
vivendo no mundo. O grande segredo é sabermos diferençar, com acerto, o que vem
de Deus do que pertence ao mundo. Jesus ensinou isso claramente em Mateus
22.21: “Então, ele lhes disse: Dai. pois, a César o que é de César e a Deus, o
que é de Deus ”,
Como
consequência, o cristão não deve ser influenciado, mas influenciador. O cristão
está no mundo para ganhar o maior número de pessoas para Cristo (1Tm 2.1-2) e
não para imitar a aparência e as atitudes das pessoas do mundo.
Devemos
levar em consideração o nosso patrimônio adquirido mediante a vida de obediência,
o que nos garante autoridade espiritual e a aprovação de Deus, conforme
Filipenses 2.15: “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus
inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual
resplandeceis como astros no mundo”.
Assim,
nossa identidade ficará claramente demonstrada e tal como a noite se diferencia
do dia, facilmente se perceberá a identidade de um jovem cristão em contraste
com o testemunho daqueles que ainda não têm a Cristo. A Palavra de Deus os
ensina que toda a nossa vida deve ser usada para cultuamos a Deus: “Rogo- vos,
pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não
vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus”, Rm 12.1-2.
Pr.
Reinaldo Ribeiro
Comentários
Postar um comentário