REFLEXÕES NATALINAS - Tema 2 - Quem tem razão: Os que celebram ou os que rejeitam o Natal? (Pr. Reinaldo Ribeiro)
Houve um tempo em que ser cristão e comemorar o Natal eram as práticas mais naturais do mundo. Mas hoje o que não faltam são controvérsias.
Primeiramente,
para muitos estudiosos cristãos, o Natal como nascimento de Jesus é uma
comemoração artificial. Já se sabe com certeza que ele não nasceu no dia 25 de
dezembro. Sabe-se inclusive que nesta data, no Império Romano, era comemorado o
solstício de inverno e havia uma festa em honra a um falso deus chamado Mitra. Diante
dessas informações, muitos cristãos entenderam que não seria correto comemorar
o Natal. Mesmo porque, não existe na Bíblia nenhuma ordem para se comemorar o
dia do nascimento de Jesus. Em suma, comemorar o Natal tornou-se, para muitos
cristãos, algo sem sentido. Ele não nasceu nesta data. Esta data tem origem
pagã. A Bíblia não ordena sua comemoração.
Somando-se
a isso, temos os inúmeros excessos, na comida e na bebida que se comete neste
período. Gasta-se mais do que se pode. E ainda por cima o ambiente é dominado
por comemoração vazia, por orgias e bebedeiras, por figuras mitológicas como
duendes e gnomos. A cena, que deveria no mínimo pertencer à Cristo e gerar
reflexões espirituais transformadoras, acabou se resumindo a um paraíso de
oportunidades capitalistas e de licenciosidade moral.
Entretanto,
mesmo diante desses fatos, muitos líderes e cristãos escolhem celebrar o Natal
e o celebram com alegria e intensidade. Por quê?
Primeiramente
porque independente da data, o Verbo se fez carne e habitou entre nós. O Eterno
entrou no tempo e se fez homem. Esse fato é grandioso e ter uma data onde esta
verdade pode ser proclamada é muito precioso.
Segundo.
Se não há mandamento para que se comemore a data, também não há proibição. Não
há nenhuma ordem contra a comemoração do nascimento do Cristo.
Em
terceiro lugar, o fato de 25 de dezembro ter sido dedicado a um deus pagão, não
significa que eu o esteja adorando nesta data. Na maioria das vezes, se os
pesquisadores não nos dissessem, nada saberíamos sobre ele. Também não
significa necessariamente uma tentativa do imperador Constantino de paganizar o
cristianismo. É mais provável que sua intenção fosse cristianizar o Império.
Mesmo que ele tenha errado em sua estratégia, provavelmente não estava
conspirando contra Cristo.
E
por último, como nós nos sentiríamos se algum feriado idólatra de hoje fosse
substituído por algum outro que exaltasse as verdades divinas? Se por exemplo o
dia da padroeira do Brasil fosse substituído pelo dia do Salvador Jesus Cristo.
Algum cristão evangélico protestaria contra?
Com
estes pensamentos muitos permanecem fazendo do Natal uma ocasião de comemoração
para a glória de Deus.
Em
minha opinião nenhum dos dois posicionamentos está absolutamente errado.
Aprecio aquele que entendendo um paganismo encoberto, se afasta do Natal. Isso
de modo algum significa que ele se afastou de Cristo. Pelo contrário. Ele não
comemora o Natal por amor a Cristo. Também aprecio aqueles que preferem usar o
Natal para proclamar a preciosa verdade da encarnação do Verbo. Colocam Jesus
no centro dessa comemoração e convidam a todos para se renderem àquele que
nasceu em Belém. Eles também o fazem por
amor a Cristo.
Contradição?
Claro que não! Paulo escreveu aos Romanos, em contexto diferente, mas em
desafios semelhantes:
“Há
quem considere um dia mais sagrado que outro; há quem considere iguais todos os
dias. Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente. Aquele que
considera um dia como especial, para o Senhor assim o faz. Aquele que come
carne, come para o Senhor, pois dá graças a Deus; e aquele que se abstém, para
o Senhor se abstém, e dá graças a Deus.
Pois nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para
si. Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor.
Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. Por esta razão
Cristo morreu e voltou a viver, para ser Senhor de vivos e de mortos. Portanto,
você, por que julga seu irmão? E por que despreza seu irmão? Pois todos
compareceremos diante do tribunal de Deus. Porque está escrito: Por mim mesmo
jurei, diz o Senhor, diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua
confessará que sou Deus. Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a
Deus.” (Romanos 14:5-12)
Somente
não posso aceitar aqueles que celebram o Natal sem colocar Cristo no centro,
que nada mais fazem do que exaltar figuras criadas para aquecer o cenário comercial,
que com nada mais se preocupam do que com comidas, bebidas, festas e troca de
presentes. Isso definitivamente não tem qualquer relação com o Natal. Verdade
seja dita. Para muitas pessoas o Natal é uma festa de perdição, onde os seus
pecados se multiplicam. Esses com certeza profanam a data.
Já
há muito deixei de cooperar com todo engano e oportunismo que se usa em nome da
celebração natalina. Tudo me é lícito, mas nem tudo edifica (1 Co 10:23). Se
você quer fazer o certo, coloque Jesus em seu Natal ou o abandone de vez. Pense
nisso!
Pr.
Reinaldo Ribeiro
1ª
Igreja Batista em Central do Maranhão
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