CULTO JUDAICO, HEBRAIZAÇÃO DO NOME DE JESUS, DANÇAS NA LITURGIA, LOUVORES COM LETRAS REPETITIVAS. HÁ BASE BÍBLICA?
Pergunta
enviada por Ana Regina Andradina – Sorocaba (SP)
Pastor
Reinaldo Ribeiro, a paz do Senhor. Eu sou uma crente de muitos anos e vi tanta
coisa mudando nas igrejas que já nem sei explicar a confusão que isso causa na
minha mente. Aqui em nossa igreja estão fazendo coreografias e danças e dizem
que fazem isso porque Miriam dançou. Também mudaram quase toda liturgia, o púlpito
é um candelabro, o pastor parece um sacerdote judeu e nem o nome Jesus eles pronunciam
mais, pois eles usam uma forma hebraica. Além disso as musicas são longas,
repetitivas e nós temos que ficar de pé e repetir gestos solicitados pelo
dirigente. Pastor me diz o que o senhor acha disso. Isso é bíblico pastor?
Resposta:
Graça
e paz querida irmã Ana Regina. Obrigado por confiar a mim essa resposta que me
parece ser tão importante para você. O que a senhora me traz é simplesmente o
tema mais lastimável em toda história da Igreja de Cristo. Modismos introduzidos
por heresias neopentecostais, têm apresentado um cardápio tão vasto de loucuras
de sincretismos, que seria impossível abordar tudo de uma vez apenas nesse
presente comentário.
A
missão tríplice da Igreja na Terra é: 1) Evangelizar – levar a mensagem do
Evangelho a todo o mundo; 2) Batizar – tomar membros de seu corpo aqueles que
pela fé abraçam o Evangelho; e 3) Doutrinar, discipular – ensinar a estes
guardarem as verdades do Evangelho (Mc 16.15 e Mt 28.19,20). Novidades que
ultrapassem essas premissas bíblicas devem ser rejeitadas, para que a Igreja do
Senhor não venha a sofrer danos espirituais que possam trazidos pelos respingos
das impurezas que do mundo provém.
Se
nos primórdios o Inimigo se ocupava em ferir fisicamente a Igreja, apedrejando
templos e maltratando fiéis, hoje a perseguição é sorrateira e penetrante,
inspirando o mundanismo e inoculando heresias, superstições e carnalidades.
Antes, fora dos muros, ataques físicos. Agora, dentro dos muros, incursões
espirituais. O falseamento dos conceitos de santificação e de separação do mundo
constitui um perigo para a conduta doutrinária da Igreja, pois suas nefastas
consequências já se fazem refletir na deformação da devoção e da adoração a
Deus, numa escalada precipitada em direção ao sincretismo psicológico, num
paralelismo indisfarçável com o mundo, que, sem o conhecimento de Deus e
descompromissado com a sua Palavra, deteriora-se. Hábitos pertinentes à cultura
social secular e mundana, que somente tinham lugar nos clubes, teatros e casas
de shows, agora já encontram lugar ativo em algumas “agremiações evangélicas”. Outras
exumaram o defunto judaizante e querem mesclar cristianismo com crendices
judaicas já removidas há milênios pela cruz de Cristo.
Os
grupos coreográficos, que você mencionou, instituídos para “danças litúrgicas”
a pretexto de “realçar” a mensagem do “louvor”, fazem lembrar, em muito, um
momento do teatro francês do século 19, quando, num estilo impudico, encenava,
através de expressões corporais e mensagens musicais, o que acontecia no
cenário moral da época. Importado da Europa, é, até hoje, no Brasil, praticado
nos teatros e nas casas de shows. Basta observar-se alguns programas de
auditório dirigidos ao público ímpio e concluir-se quão pernicioso é imitar o
que existe de sensual e maligno no seu objetivo. Quem conhece a origem das
coreografias, jamais aprova esse acinte dentro da casa de Deus.
Estão
equivocados também os que se baseiam na “dança de Miriã”. Além da irmã de Moisés
ter aprendido está prática na cultura pagã egípcia, o fato narrado em Êxodo
15.20,21 não constitui norma de conduta para o culto cristão e suas formas. Se
assim fosse, o próprio Senhor Jesus o teria instituído para a sua Igreja ou o
Espírito Santo o normalizaria por meio dos apóstolos. As músicas mundanas,
proliferadas como pragas daninhas e produzidas pelos interesses inescrupulosos
do mercado fonográfico “evangélico”, ocupam, ora nas apresentações pessoais,
ora em conjunto, uma grande parte do tempo devido ao culto, roubando inúmeras
vezes o espaço que deveria ser destinado à mensagem da Palavra.
Seus
ritmos e arranjos constituem verdadeira afronta ao louvor sacro. Não se pode
ignorar o plágio indevido e até criminoso de algumas músicas mundanas, nas
quais a poesia carnal é substituída por inócuas letras destituídas de base
bíblica que, por nada de edificante conterem, nada falam. Alie-se a esse vazio
espiritual o entulhamento com o chamado “momento de louvor”, em que o auditório
se vê obrigado a manter-se de pé por longo e cansativo tempo, balançando o
corpo, acenando com os braços e cantando frivolidades. E isso, via de regra,
acompanhado por instrumentos estridentes, com volume de som em nível
ensurdecedor, realçado por repetições quase intermináveis, muito parecidos com
os mantras das religiões orientais, num indefensável testemunho de mau gosto e
total ausência de solenidade e reverência.
Embora
originalmente pura e de uma beleza singela, a liturgia hoje, em muitos casos,
deixa perplexos e entristecidos os crentes antigos e numa perigosa ignorância
do correto os novos convertidos. Todavia é confortante saber que a legítima,
prudente e santa noiva do Cordeiro está atenta aos cuidados que deve empreender
para precaver-se de qualquer tipo de contaminação. Ela sabe que não pode
aceitar nem se conformar com o que de perverso há no mundo (Rm 12.2).
Atentando-se
para a oração de Jesus em favor dos seus discípulos e da sua Igreja (Jo 17),
certamente se fecharão as portas para que Satanás não venha com o seu espírito
de mentira a escarnecer dos Igreja, visando claramente profanar o santuário de
Deus e jactar-se na aparência do mal (I Ts 4.1-8; 5.22-23). As palavras do
Mestre são vivas e eternas: “A minha casa será chamada Casa de Oração”, Mt
21.13, e “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”, Mt 16.18.
Um
forte abraço e que Deus a abençoe minha querida irmã.
Pr.
Reinaldo Ribeiro
Para mim foi de profunda meditação, pois algumas coisas me deixa desconfortável, por exemplo:Louvores com ritmos acelerados,danças no púlpito, som mto alto,acho que o louvor é importante,mas acaba que a palavra fica com um período onde poderíamos aproveitar mais ,por exemplo :A pregação, explicação acerca do que foi lido na bíblia, como era aquela passagem lida na bíblia na época de Jesus.Isso eu acho que deveria ser introduzido mas nem sempre pode porque o tempo está curto .Obrigada pela oportunidade. A paz do Senhor.
ResponderExcluirMuito bom ,Padre Reinaldo!!
ResponderExcluirAcho q certas artes não combinam com o Sagrado Nosso Deus.